Para mostrar que nossa diversidade cultural deriva da diversidade de povos que compõem o nosso território, um espetáculo contando as origens e a miscigenação do povo bombinense marcou a abertura do 2º Festival do Mar na noite da última quarta-feira, dia 17, em Bombinhas. O festival acontece em comemoração aos 32 anos de emancipação política da cidade, com várias atrações locais, regionais e nacionais até o próximo domingo, dia 20.
A abertura, marcada por grande emoção, teve como mote o tema deste ano do Festival do Mar: “Um povo. Uma história.” A apresentação contou a história do município desde os primórdios da península, habitada primeiramente por indígenas, representados no palco pelo coral da aldeia Yymmorontin Wera, com 12 crianças e coordenação de Katia Moreira, de Biguaçu. Após o ato, a representação mostrou a chegada dos portugueses, e trouxe a dança típica açoriana, com o Grupo Mixtura. Uma apresentação de dança e luta, executada pelo Grupo Afrosensorial Litoral Negro Catarinense mostrou uma parte da rica cultura trazida pelos negros do continente africano. Assim se chegou ao ato final, com a participação de mestres da cultura popular, culminando num gesto de comunhão em um grande abraço.
Todas as apresentações, foram pontuadas por um vídeo, com imagens e desenhos que remontam toda as tradições e culturas, deixados por cada um desses povos, e que contribuíram para a formação de Bombinhas, mostrando como essa mistura resultou em uma cidade com enorme diversidade cultural.
“Queríamos mostrar que a nossa cultura é a soma de outras, que vieram para cá e se somaram formando o que somos hoje. O espetáculo é nossa forma de dizer obrigado a cada um deles”, explicou Luiz Felipe de Melo, Presidente da Fundação Municipal de Cultura de Bombinhas.
O Festival do Mar é realizado pela Prefeitura de Bombinhas e a encenação “Um povo. Uma história.” foi uma realização da Fundação Municipal de Cultura.